Novo jeito de inteiração com a música e suas possibilidades de negócios

Escutar música tem sido um processo cada vez mais prazeroso pra mim, com o passar dos anos. Escuto em todos os formatos, acompanho as novas tendências e procuro ver o máximo de shows possíveis. Logo, meus critérios estão cada vez mais sofisticados, minha curadoria mais rigorosa e meus ouvidos mais afinados (risos).

Nesse processo, aprendi a utilizar de maneira muito informativa os serviços do Spotify e, mais ainda, entender o conceito de “music branding”. Bem, o conceito não é tão novo se a gente pensar o trabalho dos selos e distribuidoras de música (muito bem abordado na série “O Outro Lado do Disco”) mas o serviço destas plataformas digitais contextualiza melhor o processo.

Vejam que além de ser um canal para escutar o mais variado tipo de música possível, as marcas vem utilizado (bem) a ferramenta para apresentar seus trabalhos junto aos artistas. Eles criam playlists que atualizam o ouvinte das novidades ao mesmo tempo que traduzem a identidade que as mantém.

Outro dia, por exemplo, quis conhecer os lançamentos da XL Recording  – aquela que lançou a A Moon Shaped Pool da Radiohead – e uma das playlists deles era referente aos gêneros que os interessam, sem necessariamente ser da gravadora. Isso, sem contar que o selo contém variada gama de gêneros no cast, sendo que todos têm as experimentações e efeitos eletrônicos como influências, seja no rock, rap e CLARO a própria e-music.

Claro que em um caso como o que citei acima, fica mais difícil compreender o segmento mas o conhecimento fica mais a informação fica mais ao nosso alcance e, portanto, facilita o manuseio dela.

Entretanto, o que mais chama a atenção nesse processo é pensar a capacidade de retroalimentação do investimento tipo, o selo investe para colocar o artista no banco e o gerenciamento pode ser convertido em publicidade, gerando mais lucro. Claro que na prática, não é tão simples e depende de estratégias de comunicação, inclusive, mas que é um modelo criativo, dinâmico e sustentável, sem dúvidas.

O modelo faz a gente compreender melhor o que foi observado aquiuma vez que o processo não é exclusividade de empresas do ramo da música mas de grifes de roupas, indústria de cinema e entretenimento em geral que muitas se apropriam da música para repaginarem seus conceitos e valores.

Este é o presente (…que é o futuro). Gosto dele.

 

 

 

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